sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Estado Intermitente


Coma e morte cerebral. São dois conceitos que são, constantemente, confundidos. No entanto existem diferenças significativas nestes dois estados clínicos. Seja um ou outro a recuperação continua a ser um enigma.

Acorda ou não acorda? É a questão constante dos familiares dos pacientes que entram num estado de coma. Uma incerteza que também existe por parte dos próprios médicos.
Muitas dúvidas se levantam, relativamente, a este assunto. Uma delas é, justamente, o facto de se pensar que coma e morte cerebral são o mesmo estado.
Rafael Marques, estudante no último ano de medicina, diz que “ pacientes que estão em morte cerebral não estão em coma(...) depois de estarem em estado de coma é que podem evoluir, então, para morte cerebral.”
Relativamente, ao estado de coma o cérebro reage aos estímulos externos com maior ou menor intensidade, depende da gravidade do coma. Os pacientes podem entrar em coma profundo ou podem sobreviver no chamado “estado vegetativo”. Estes dois estados distinguem-se pelas funções cerebrais. O indivíduo que se encontre em “estado vegetativo” possui mais funções cerebrais do que um paciente em coma profundo.
Rafael explica que “ao contrário do estado de coma, seja ele qual for, o paciente que se encontre em morte cerebral não reage a qualquer estímulo externo(...) não existe nenhum sinal de actividade eléctrica cerebral.”
A morte cerebral ocorre quando todo o cérebro, incluindo o tronco cerebral, perde irreversivelmente todas as suas funções neurológicas. O cérebro desempenha várias funções neurológicas como o pensamento, o movimento, que permitem ao corpo manter a pressão arterial, a frequência cardíaca, a temperatura corporal e as funções dos órgãos. Quando o cérebro morre, os órgãos do corpo entram em colapso. Existem procedimentos médicos artificiais extensos (suporte de ventilação, nutrição artificial,...),que são realizados para manter a função dos outros órgãos, mas mesmo com os melhores recursos essas intervenções, actualmente, são medidas temporárias.
Rafael revela que “há mais hipóteses de um paciente em coma acordar, pois é como se tivesse intermitente, tanto pode acordar como não(...) se estiver em morte cerebral é praticamente irreversível.”

2 comentários:

A Singular disse...

Interessante esse assunto, até então, era totalmente leiga e desconhecia essa pequena diferença.
Muito bom o seu Blog, parabéns!

O Cercadinho disse...

Seguido leio o teu blog, interessantes teus posts.
Te escrevo para divulgarmos nosso blog, ainda está em processo de expansão. Se quiser nos acompanhar e dar umas risadas: www.o-cercadinho.blogspot.com
Será um prazer te ter nos visitando lá. O que é O Cercadinho? Segue uma apresentação para te situares. Em cada relacionamento afetivo, os envolvidos ficam restritos a um espaço, O Cercadinho, onde acontecem as interações. Em algumas fases, está cheio de "queridas", mas em outros, quase vazio. O Cercadinho é o resultado das conquistas amorosas, onde cada um preenche à sua maneira e gosto. Pode ter o critério de cotas e uma de cada: loira, morena, mulata, ruiva e/ou japa. Com faixas etárias e tipos variados. Até monogâmico com apenas uma mulher selecionada.
Neste blog, somos cinco homens escrevendo relatos e histórias, sem pretensão literária sobre O Cercadinho. Heitor faz o estilo confuso e rebuscado. Apaixonante e cafajeste, este é Wanderlei. Já Cebola faz o estilo 100% sincero e sem rodeios. Seco, objetivo e um pouco bagual com sentimentos, assim é Iberê. E Marcão, bom, esse é trash total. Entre no nosso Cercadinho e boa leitura.
Iberê