terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Governo grego não cede a pressões

O Primeiro-Ministro Costas Caramanlis afirmou que os autores da violência serão responsabilizados. "Ninguém tem o direito de usar este trágico incidente como um alibi para acções de violência bruta, para acções contra pessoas inocentes, as suas propriedades e a sociedade como um todo, e contra a democracia", disse Caramanlis.

Numa mensagem dirigida à nação transmitida pela televisão públical, o Primeiro-Ministro conservador, denunciou todos os que tentam aproveitar-se do drama da morte do adolescente. Costas Caramanlis garantiu que "os acontecimentos inevitáveis e perigosos, não serão tolerados", afirmando ainda que o Estado "vai proteger os seus cidadãos. É a melhor homenagem que podemos fazer a Alexis", disse.

O Primeiro-ministro grego, ao contrário do que se esperava, descartou a hipótese de eleições antecipadas e lançou, ainda, um apelo à unidade da nação e do mundo político contra os motins que duram há já vários dias e que se alastraram a várias cidades como Salónica, Creta, Corfu e Rodes.

"Nestas horas cruciais, o mundo político deve unanimente e categoricamente condenar e isolar os autores das destruições. É o nosso dever democrático, é o que exigem os cidadãos, e é o que impõe o nosso dever nacional", afirmou Caramanlis, após um breve encontro com o chefe de Estado, Carolos Papoulias.

Por sua vez, o líder dos oposicionistas Socialistas, George Papandreou disse, "Este país nao tem Governo. Este caos... é resultado das decisões e omissões de um Governo que se tornou um perigo para o povo grego". Refira-se ainda que estas cenas de confrontos devem piorar ainda mais a imagem do pouco popular Governo conservador, abalado por escandalos financeiros e lutando para manter uma estreita maioria de apenas um legislador, no Parlamento de 300 cadeiras.

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