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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Velhos Inimigos: Índia e Paquistão agravam o clima de tensão

Os recentes atentados de 26 Novembro, em Bombaim, trouxeram novamente a público a frágil linha que separa a aparente paz, vivida entre a Índia e o Paquistão, da guerra. O pior pode ainda estar para vir.




Terminado o caos que assolou a capital financeira da Índia e confirmadas as nacionalidades dos terroristas paquistaneses, o mundo sentiu novamente o reacender de uma situação que ameaça muito mais de um bilião de pessoas e apenas dois países.
São dois países do terceiro mundo equipados com tecnologia nuclear para fins bélicos, ambos aliados dos E.U.A, que travam uma guerra silenciosa na zona da Caxemira há mais de 50 anos. Actualmente, estão colocadas na fronteira entre a Índia e o Paquistão mais de um milhão de tropas agravando o clima tenso e hostil que assola a região.

Apesar dos terroristas em Bombaim nada terem reivindicado, acredita-se que pertenciam ao grupo Lashkar-e-Taiba, uma organização da Caxemira com possíveis ligações à Al-Qaeda e que pretende expulsar da Caxemira a presença Indiana.

Após o 11 de Setembro, o Governo Paquistanês foi “intimado” a juntar-se aos E.U.A na guerra contra o terrorismo. Até então, o Paquistão era dos maiores aliados ao exército talibã no Afeganistão, esta reviravolta espontânea gerou fortes protestos por parte de grandes falanges da população paquistanesa anti-ocidente e anti-E.U.A. Desde então, o governo de Pervez Musharaff (Paquistão) tem sido criticado interna e externamente. A Índia acusa o Paquistão de continuar a apoiar grupos terroristas, nomeadamente, na Caxemira.

Veja também:
A situação da Caxemira (neste blog)
A reacção do Governo português (neste blog)

Tensão entre a Índia e o Paquistão: A reacção portuguesa

O Governo português expressou-se sobre esta situação de conflito através de um comunicado no seu site oficial.

Lamentando as vítimas e dando as condolências às famílias, o Governo português reiterou a condenação ao terrorismo, em particular, ao ataque na capital financeira da Índia.

O Governo de José Sócrates aproveitou para, neste momento, desaconselhar qualquer viagem para a região devido ao clima de tensão.

Em Portugal estima-se que haja cerca de 70mil indianos, é uma das comunidades não anglófonas mais presentes em Portugal, na base desta presença está a longa relação colonial que Portugal estabeleceu com Goa, Damão e Diu.

A comunidade paquistanesa é muito diminuta em Portugal, estima-se que sejam poucos mais de 2000 os paquistaneses em território Luso.


Veja também:
Turquia reage à tensão entre a Índia e o Paquistão.
Paquistão: falso telefonema provoca tensão com a Índia
A situação em Caxemira

A terra de ninguém: Caxemira

“Aprisionada” entre a Índia, Paquistão, China e Afeganistão a Caxemira é uma zona de conflito constante. É uma região montanhosa ao norte da Índia e do Paquistão e que possuía na época da independência da Índia (1947) uma posição vantajosa considerando-se que ficava bem próxima da região do Tajiquistão, então parte da União Soviética.



Actualmente a região da Caxemira divide-se em quatro áreas diferentes: os Territórios do Norte e a Caxemira Livre, pertencentes ao Paquistão, a região de Jammu e Caxemira pertencentes à Índia e a região de Aksai Chin sob ocupação chinesa.

Aquando da independência do sub-continente indiano em 1947, até então pertencia à Inglaterra, surgiram dois novos países, a Índia e o Paquistão. O surgimento destes dois novos países deveu-se à existência de duas religiões distintas e totalmente opostas no mesmo território, os indianos eram hindus e os paquistaneses muçulmanos.

Com o fim da dominação colonial, a Inglaterra colocou ao marajá da Caxemira a escolha de incorporar-se à Índia ou ao Estado Paquistanês. Mediante o dilema político instalado, Paquistão e Índia reivindicam o domínio da região da Caxemira ao longo dos anos.

Acaba por surgir uma guerra não declarada entre estas duas facções.

A Caxemira situava-se entre ambos os países e por esta zona tinham que passar milhões de pessoas que se deslocavam para o país da sua religião (Hindus para a Índia e Muçulmanos para o Paquistão). Enquanto todo este conflito se propaga, os Pathans, uma tribo nómada que habita entre o Paquistão e o Afeganistão, invade a Caxemira. O marajá da Caxemira pede apoio à Índia e em troca cede parte do território que é habitado por muçulmanos, gerando uma revolta interna com o apoio do Paquistão.

Em 1962, a China junta-se ao impasse e conquista um trecho de Jammu e Caxemira; no ano seguinte, o Paquistão cede aos chineses uma faixa dos territórios do norte, uma provocação clara à Índia que reivindicava estes territórios.

Actualmente, são comuns as explosões e os atentados terroristas nesta zona. Com o escalar da violência os dois países empenharam-se em desenvolver tecnologia nuclear e actualmente são duas potências nucleares.

A ONU tentou intervir sugerindo que os habitantes da Caxemira deveriam escolher o seu futuro através de votos. A Índia nunca permitiu esta situação o que despoletou duas guerras entre os dois países, em 1965 e 1971.


Veja também:
Reacção do Governo português

"No PSD não se vive uma ditadura"

Numa altura em que são poucos os portugueses a interessar-se pela política, surgem excepções de grupos de jovens, apoiados pelos partidos, são as Jotas.
Rodolfo Duarte, juntou-se recentemente à
Juventude Social Democrata (JSD) de Ponte de Lima, no entanto, já vem de longe o interesse e a vontade de se aproximar à política. A terminar o curso de Direito, afirma que ainda não sabe se pretende juntar-se à montra de políticos do nosso país, para já, a prioridade é o curso, o futuro político é ainda uma incógnita.
Em tom de conversa, Rodolfo Duarte expôs a sua visão do país e do PSD, a visão de quem pretende trazer novas ideias objectivos para um país que nunca mais troca a tanga vestida por Durão Barroso por um trapinho maior que esconda as vergonhas nacionais.

Quais são os grandes objectivos da JSD no cenário político actual?

Educação, emprego e habitação, são estes os pontos que mais interessam à JSD e, obviamente, aos jovens que são os que nós representamos. No que diz respeito à habitação, Portugal é o país da Europa em que os jovens saem de casa dos pais mais tarde. Isto significa que a JSD tem que estar atenta e trabalhar muito neste campo que envolve directamente os jovens. As dificuldades de arrendamento que o Governo cria também ajudam a que esta estatística se mantenha.


O desemprego jovem é um tema actual, o que sugere a JSD para o resolver?

Nunca houve, em Portugal, tantos jovens desempregados, sejam eles licenciados ou não. E o problema do desemprego implica, depois, problemas ao nível da habitação. Um jovem que não tenha emprego não pode comprar casa.
À JSD interessa que os jovens tenham, efectivamente, condições para desenvolver a sua vida trabalhando em prol do nosso País. O Governo actual apenas trabalha para as estatísticas.



(Audio MFL: RTP)
Mas as críticas internas continuam a existir, admite a possibilidade de novas eleições para a liderança do PSD?
Não vou negar que existem críticas, no entanto, a meu ver quando um líder é eleito o partido deve unir-se e apoiar o líder, o momento das divergências já devia ter ficado para trás. A história do PSD tem sido a história da divergência nos momentos em que deve haver convergência. Há órgãos próprios no partido para que se apresentem as críticas.


E Manuela Ferreira Leite está a ser uma boa opositora?
A
Dra. Manuela Ferreira Leite está a cumprir o que tinha prometido na campanha eleitoral. Para mim, não há surpresas nesta estratégia. Este Governo está, desde há demasiado tempo, a ocultar e a enganar os portugueses, já chega de propaganda, é tempo de mudar.


Veja também:

Mário Soares faz um diagnóstico da situação do país (Público.pt)

Mário Soares alerta para descontentamento (Expresso.pt)