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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

"Braço-de-ferro entre Ministra da Educação e Professores...




Rui Sá
Vereador CM Porto (CDU)

“O braço de ferro entre os professores e a Ministra da Educação”

“A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, revelou ao longo deste seu mandato, incompetência nas áreas mais básicas da pasta que tutela e que na realidade desconhece. Qualquer professor com meia dúzia de anos de experiência tem mais conhecimento e consequentemente mais competência nesta área do que Vossa Excelência,” pode-se ler isto, num sítio da internet, onde se encontra uma carta, para entregar à Ministra.
Manifestações, protestos, greves… E tem sido isto, ao longo dos meses, professores e alunos manifestam-se por todo o País, reclamando o modelo de avaliação e de faltas em relação ao estatuo de aluno, que Maria de Lurdes Rodrigues quer aplicar.
Os alunos continuam a dividir-se por demasiadas áreas curriculares disciplinares e não disciplinares. Passam o dia na escola sem que isto se traduza na melhoria das aprendizagens. Não têm tempo para brincar e socializar. O Estatuto do Aluno é mais uma tentativa de mudar o ensino por Decreto-Lei. Tudo se baseia na manipulação de dados estatísticos.



Sara Barbosa.: Eng. Rui Sá, como é que vê todos estes protestos e manifestações dos professores com a Ministra?

Rui Sá: Vejo como havendo uma convergência muito grande da generalidade dos professores relativamente a um sistema que consideram injusto e sistema esse que procura ser implementado depois de todo uma campanha difamatória do profissionalismo e do brio dos professores que fez com que muitos se tenham reformado mais cedo e outros sentissem completamente desprestigiada e ofendida a sua profissão e a sua capacidade profissional.



S.B.: Concorda com a avaliação que a Ministra quer implementar para os professores?

R.S.: Estamos todos de acordo que haja um processo de avaliação, mas este processo de avaliação em concreto é um processo que está inquinado à partida, porque parte de uma divisão de professores entre titulares e não titulares, que não se baseia objectivamente no mérito desses mesmos professores e por outro lado porque é um processo extremamente complexo com parâmetros que objectivamente não deviam ser levados em consideração e que levaram o Ministério a vir sucessivamente a alterar esse modelo de avaliação e a colocar a possibilidade da sua suspensão do próximo ano lectivo.

S.B.: E quanto às manifestações dos estudantes? Considera que estes têm motivos para se manifestar?

R.S.: Têm, tanto têm que depois houve necessidade da parte do Governo a vir fazer uma rectificação relativamente ao estatuto do aluno e em particular ao estatuto das faltas que objectivamente parecia pôr no mesmo saco as faltas justificadas e injustificadas. Isto quando é acrescido, de todo, uma situação que põe em causa as escolas públicas, eu acho, que justifica o facto de todas estas manifestações dos estudantes.

A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, anunciou a 20 de Novembro, mudanças no sistema de avaliação dos professores.
São três as alterações propostas pela tutela, a saber: avaliadores por área disciplinar; exclusão das notas dos alunos dos parâmetros da avaliação e redução de aulas assistidas por avaliadores.
Entre as medidas de simplificação anunciadas, após reunião extraordinária do Conselho de Ministros, está ainda a redução do número de aulas assistidas de três para duas, que, ainda assim, só se realizarão por solicitação dos docentes, apesar de serem imprescindíveis para a obtenção das classificações máximas.


S.B.: Acha mesmo que a Ministra da Educação vai recuar quanto à avaliação?

R.S.: Eu acho que é patético, uma ministra que andou a dizer que este era o melhor modelo de avaliação, que depois o transformou em intransitado no primeiro ano, que depois veio faze-lo simplificar no segundo ano e que depois veio dizer que podia ser simplificado no próximo ano, e agora coloca a possibilidade de o mesmo ser suspenso, isso demonstra que de facto estamos perante um modelo de avaliação que é incorrecto e que só a teimosia e soberania de uma maioria absoluta de José Sócrates é que faz com que não haja o bom senso de suspender este modelo e de negociar com os professores o melhor modelo para efectivamente a avaliação ser feita.

S.B.: Acha então “patético” este modelo de avaliação?

R.S.: Eu acho patético é o tipo de reacção que a Ministra tem tido e acho que o modelo em si, não é claramente um bom modelo de avaliação.

S.B.: Qual seria então o bom modelo de avaliação?

R.S.: Tem uma complexidade muito grande, e não me peçam a mim para fazer uma proposta de modelo, mas fundamentalmente tem que ser um modelo que gere o consenso daqueles que querem ser também avaliados, que são os professores, de forma a poder ser implementado e que seja um modelo que possa ser experimentado em algumas escolas para depois se poderem retirar conclusões e alargar a todos os estabelecimentos de ensino.

«Os sindicatos de professores debatem segunda-feira com "expectativas moderadas" o Estatuto da Carreira Docente com o Ministério da Educação, numa altura em que o Governo já considerou encerradas as negociações para um modelo avaliação consensual para este ano lectivo. Apesar do desacordo em que acabou o encontro acerca do modelo de avaliação de desempenho dos professores, a Ministra da Educação e os sindicatos decidiram manter a reunião marcada, que irá centrar-se, sobretudo, no Estatuto da Carreira Docente (ECD).
Após o fracasso das negociações sobre a avaliação para este ano lectivo, os sindicatos reforçaram o apelo aos professores para continuarem a lutar, nas escolas, pela suspensão do processo de avaliação, subscrevendo um manifesto que será entregue ao ME no próximo dia 22. A Plataforma mantém também a greve nacional agendada para 19 de Janeiro.», fonte JN.

S.B.: Acha que as manifestações irão ficar por aqui, visto que agora parece haver um pequeno entendimento entre as duas partes?

R.S.: Eu acho que os sindicatos deram uma boa demonstração de bom senso ao suspenderem as greves que estão previstas e agendadas para a próxima semana (de 9 a 12 de Dezembro), no sentido de se tentar sentar novamente à mesa das negociações e tentar a partir daí gerar um consenso que não ponha em causa mais do que já está posto em causa o ano lectivo.


Sara Barbosa - Nr. 15592

terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Entrevista com Armindo Mendes, ex-Presidente da Junta de Freguesia de São Mamede de Infesta

Entrevista a um antigo presidente da junta de freguesia de São Mamede de Infesta, freguesia do concelho de Matosinhos, que durante o seu mandato, encontrou como presidente da câmara de Matosinhos Narciso Miranda, sendo que Guilherme Pinto era vice-presidente da equipa camarária de Narciso Miranda.

Durante esta entrevista notei um certo descontentamento de Armindo Mendes pelo facto de, enquanto presidente da junta, Narciso Miranda praticamente não se preocupar com a sua freguesia “ Por muito que quiséssemos e tentássemos trabalhar, era sempre difícil porque tínhamos sempre oposição da Câmara “ e até fala de uma certa incompetência por parte da câmara “ nós, executivos da junta, só tivemos conhecimento mesmo em cima da hora, isto é, quando chegamos á piscina, já o ministro estava a descerrar a placa da inauguração”.

Nesta entrevista fiz várias pergunta a Armindo Mendes, começando por lhe perguntar o seguinte:

Como antigo presidente da Junta de S.Mamede de Infesta, quais as vantagens que esta Cidade tirou em passar de vila para Cidade?

Armindo Mendes - “ Nenhumas. Eu costumo dizer que uma Junta de Freguesia é aquilo que uma Câmara quer que ela seja, isto é, sem ovos não se faz omoletes e é o que se passava aqui no meu tempo, não havia dinheiro, não tínhamos competências quase para nada, por muito que quiséssemos e tentássemos trabalhar, era sempre difícil porque tínhamos sempre oposição da Câmara, porque a junta era do PSD e era a única junta do PSD e tive sempre muitas dificuldades perante a cedência da Câmara sobre tudo o que S.Mamede pretendia. No entanto no meu mandato a Câmara ficou a saber de tudo que S.Mamede pretendia, embora nada fosse feito.
A obra de maior envergadura que foi feita, foi a Piscina, mas mesmo essa quando foi inaugurada no tempo do Ministro Roberto Carneiro, nós, executivo da Junta em que eu tinha feito uma coligação com o Partido Comunista, só tivemos conhecimento em cima da hora, isto é, quando chegamos à piscina, já o Ministro estava a descerrar a placa de inauguração. Imediatamente lhe pedi desculpa por ter chegado àquela hora, porque foi naquela hora que tivemos conhecimento, mas não através da Câmara.“


Foram 6 anos como presidente da Junta de S.Mamede Infesta, 6 anos marcados pela liderança de Narciso Miranda na Câmara Municipal de Matosinhos e pela vice-presidência de Guilherme Pinto. No seu entender, Matosinhos não ficará bem servido com nenhum, “na minha opinião, não fica bem servido com nenhum “. Foi facilmente visível a que partido Armindo Mendes pertencia, pois deixou antever uma luta renhida pela Câmara no caso do PSD arranjar um bom candidato para estas eleições, “Um candidato que eu tenho a certeza que ganharia era Pedro Passos Coelho “. Nestas perguntas seguintes tentei, segundo a opinião do entrevistado, entender o que seria melhor para Matosinhos, Narciso Miranda ou Guilherme Pinto.


Durante o seu mandato encontrou Narciso Miranda como presidente da Câmara de Matosinhos, agora como vão ocorrer novas eleições em 2009 e vai haver uma disputa entre dois militantes do PS, Guilherme Pinto e Narciso Miranda, na sua opinião, com qual destes 2 candidatos, ficará Matosinhos melhor servido?

“Olhe, na minha opinião, não fica bem servido com nenhum. Se o PSD arranjar um candidato credível, um candidato bastante conhecido, com muitos conhecimentos, com capacidade de trabalho, o PSD facilmente ganha as eleições. “

Então na sua opinião, que já tem muitos anos de politica, qual seria o candidato ideal para o PSD para Matosinhos. Já se falou em vários nomes como Rui Moreira, o actual presidente da Câmara de gaia, Luís Filipe Menezes, qual será o candidato ideal para o PSD puder triunfar sobre um destes candidatos do Partido Socialista?

“ De momento ando um bocado desfasado da política, porque hoje em dia não confio muito nos políticos e a prova está a vista pela situação que o país está a passar.
Dentro do PSD, é difícil, em Matosinhos é difícil encontrar alguém que queira dar a cara. Agora dentro desses profissionais da política, é natural que se pudesse arranjar um candidato para ganhar, isto é, por exemplo, trocar Valentim Loureiro, deixar Gondomar e vir candidatar-se a Matosinhos, o próprio Doutor Santana Lopes seria candidato para ganhar e não vejo assim mais nenhum candidato e como disse não estou muito dentro dos meandros da politica. Um candidato que eu tenho a certeza que ganharia era Pedro Passos Coelho, isso não tenho a menor dúvida que talvez o PSD ganhasse com maioria absoluta. “

Nesta fase mais avançada da sua vida partidária, Armindo Mendes não se esquece do tempo em que era presidente da Junta, “Para mim, crescimento é aquilo que eu disse no início do meu primeiro mandato “, e tentou sensibilizar a população para alguns dos principais problemas ainda existentes em Matosinhos, “a primeira coisa que eu fazia era dotar S.Mamede ou outra qualquer terra de bom saneamento básico, boa luz, boa água, bons arruamentos e depois iria ao resto”, nesta série de perguntas, vamos buscar um ponto de vista mais pessoal da opinião que Armindo Mendes tem de ambos os candidatos.

Puxando um pouco mais a brasa á sua sardinha, no seu ponto de vista, S.Mamede cresceu mais com Narciso Miranda ou com Guilherme Pinto, embora um já tenha vários anos como presidente da Câmara e Guilherme Pinto estar lá há apenas 3 anos. Com qual S.Mamede cresceu mais?

“Olhe, eu acho que S.Mamede não cresceu nada, porque fazer uma nova centralidade não é crescimento. Para mim, crescimento é aquilo que eu disse no início do meu primeiro mandato, que disse ao senhor presidente da Câmara de Matosinhos. Se eu fosse presidente da Câmara, a primeira coisa que eu fazia era dotar S.Mamede ou outra qualquer terra de bom saneamento básico, boa luz, boa água, bons arruamentos e depois iria ao resto, mas como todos nós sabemos que tudo isto que eu acabei de dizer é tudo enterrado, não se vê, a não ser a electricidade, é por isso que essas coisas ficam sempre para o fim, porque o que interessa são as obras de fachada, embora muitas vezes sem utilidade nenhuma. “

Eu vejo aí um certo descontentamento da sua parte enquanto cidadão e em vários pontos até concordo consigo, então como habitante de Matosinhos, acha que vai haver uma disputa dos votos até ao último dia, vai haver uma campanha feroz para conquistar os matosinhenses, ou se Narciso Miranda, por ter muitos anos de Matosinhos vai conquistar facilmente a maioria ou se Guilherme Pinto pudera lutar contra um certo narcisismo existente em Matosinhos?

“ Olhe, disse muito bem narcisismo, ele próprio se intitulou o senhor de Matosinhos, quando uma pessoa, se é uma pessoa humilde, não se deve intitular o senhor de Matosinhos, esperava, que a população o viesse a fazer se entendesse que teria qualidades para isso. São pessoas que conversam mais do que aquilo que fazem. O Guilherme Pinto, dá-me a impressão, pelo pouco que lidei com ele, é só associativismo, acho que é mais aberto, mais compreensível, é menos vaidoso.”

Mas isso é a opinião de uma pessoa. Acha que Guilherme Pinto já ganhou a credibilidade dos matosinhenses nestes 3 anos? Acha que Matosinhos já cresceu o suficiente com Guilherme Pinto para bater Narciso Miranda?

“ Eu continuo com a mesma opinião, eu não vejo onde é que Matosinhos tivesse crescido, eu só vejo ilhas em Matosinhos, embora tenham dito que acabaram, é mentira e essas mentiras é que é preciso debater. Matosinhos está cheio de ilhas, por exemplo eu considero muito mais evoluída Leça da Palmeira do que propriamente Matosinhos. ”

Durante o seu mandato, que foram durante 6 anos como presidente da junta de S.Mamede encontrou-se com Narciso Miranda que na altura era presidente. Quais são as qualidades e os defeitos, que já aqui lançou alguns, enquanto presidente da câmara, se ele apoia as várias freguesias do concelho ou se só olha para o seu próprio umbigo, para Matosinhos neste caso?

“ Ele nem para o próprio umbigo dele olhava bem. Uma coisa é certa, sobre S.Mamede olhou pouco, nós temos um exemplo flagrante, que é uma vergonha, mas que eu previa há 20 anos e eu cheguei a dizer, é o complexo desportivo que se pretende fazer, mas que apenas está pelas ruas, pelos arruamentos. O complexo desportivo que vai servir o Futebol Clube Infesta e a Académica, embora não seja para eles. Isto é a maior vergonha que está a passar neste momento, são as promessas e nada se faz, isto já era dito há 20 anos e cheguei a dizer que nem daqui a 20 anos temos o complexo. Agora o Infesta na próxima época não vai puder jogar no seu próprio estádio, lá vai ter de andar, um clube dos mais antigos do concelho de Matosinhos a andar a jogar em estádio emprestado, é de lamentar. S.Mamede neste momento tem uns passeios indecentes, uns arruamentos indecentes, quer dizer quase que não se pode transitar em S.Mamede. Mas isto já vem de longe, não é só no tempo de Guilherme Pinto, são obras feitas pelo anterior presidente que se estão agora a desmoronar, propriamente dito.


Como acha que Narciso Miranda, enquanto presidente da Câmara não fez muita coisa por Matosinhos, como é que se pode justificar o facto de ter lá estado tanto tempo e que depois de ter deixado a Câmara para ir para outras funções, mais nomeadamente na efacec, como foi de conhecimento público, consegue ainda assim ser dado como vencedor nas sondagens?

“ Eu não tenho a menor dúvida que o concelho de Matosinhos é maioritariamente socialista, devido ao discurso do ex-presidente Narciso Miranda que conseguiu convencer as pessoas de coisas que não se faziam, coisas que diziam que eram feitas e não se faziam e foi assim que ele conseguiu um grande número de simpatizantes, o que não quer dizer que ele não tenha feito nada, seria uma injustiça, fizeram-se algumas coisas boas em Matosinhos. Mas eu, principalmente o que me interessa é a minha terra, para S.Mamede quase nada foi feito e aquilo que por vezes se conseguia fazer era quase um milagre. Eu recordo-me que haviam certas inaugurações, como por exemplo, o lançamento da primeira pedra do centro de dia, as obras no campo do Futebol Clube de Infesta, a inauguração do quartel dos bombeiros e eu, como presidente da Junta era quase convidado em cima da hora, quer dizer e mais tarde vim a saber que como ia haver eleições era de toda a conveniência que eu não aparecesse e isso foi tudo liderado pelo senhor Narciso Miranda. “

Em jeito de conclusão tentei que em duas frases, Armindo Mendes conseguisse descrever ambos os candidatos, algo que o fez de uma forma rígida e sem preconceitos Para Narciso Miranda, era bom que ele se acomodasse, que deixasse a política”, dando a ideia que Guilherme Pinto servia melhor os interesses do concelho de Matosinhos.

Para terminar, em duas frases, queria que me desse uma frase para cada um dos candidatos. Uma frase para Narciso Miranda e uma frase para Guilherme Pinto.

“ Para Narciso Miranda, era bom que ele se acomodasse, que deixasse a política, que se virasse para outras coisas, parece-me a mim que é o que ele está a querer fazer, pois segundo informações, está já na presidência da associação de socorros mútuos, ora ele ali já tem muito que fazer, era bom que deixasse a politica para os mais jovens.
Para o doutor Guilherme Pinto, já é uma pessoa formada, vê as coisas de outra maneira, lida com as pessoas de outra maneira e espero, se ele vencer as eleições, que eu duvido muito, porque se o PSD arranjar um bom candidato ganha as eleições. Se o Doutor Guilherme Pinto vencer as eleições, temos de ter fé e esperar que ele realmente continue a fazer alguma coisa, como agora se viu, a inauguração do Constantino Nery, podem vir outros a dizer que isso é do meu tempo, mas ele é que fez, ele é que deu o pontapé final.
Temos de ter fé no Guilherme Pinto, mas principalmente no candidato do PSD, se for realmente uma pessoa credível.”

Foi uma entrevista com Armindo Mendes, antigo presidente da Junta de São Mamede de Infesta, que nos deu uma ideia mais clara sobre estes dois candidatos. Guilherme Pinto ou Narciso Miranda, qual deles irá sair vencedor das próximas eleições em 2009?

Entrevista com António Pacheco Ferreira, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde



“ Vila do Conde está de boa saúde”


É com bons olhos que o vice-presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde, António Pacheco Ferreira, analisa as condições de saúde do concelho que o viu nascer. 54 anos, médico de saúde familiar e responsável pelo pelourinho da saúde pública, o autarca classifica a cobertura das necessidades básicas de saúde em Vila do Conde como priveligiada, contrastando com os cuidados referenciados que têm ainda que evoluir de forma a poderem servir o concelho a 100%.
Afirma que o encerramento do serviço de urgência é perfeitamente justificado, dada a falta de utentes, e elogia a solução: o novo sistema de pré-avaliação e triagem que permite evitar o congestionamento das unidades de urgência. Mostra-se entusiasmado com a construção do futuro centro hospitalar de Vila do Conde e Póvoa de Varzim, que estará em funcionamento em 2013 e afirma-se defensor acérrimo da concorrência saudável entre os serviços de saúde público e privado.

Veja a entrevista com o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Vila do Conde na sua totalidade

"No PSD não se vive uma ditadura"

Numa altura em que são poucos os portugueses a interessar-se pela política, surgem excepções de grupos de jovens, apoiados pelos partidos, são as Jotas.
Rodolfo Duarte, juntou-se recentemente à
Juventude Social Democrata (JSD) de Ponte de Lima, no entanto, já vem de longe o interesse e a vontade de se aproximar à política. A terminar o curso de Direito, afirma que ainda não sabe se pretende juntar-se à montra de políticos do nosso país, para já, a prioridade é o curso, o futuro político é ainda uma incógnita.
Em tom de conversa, Rodolfo Duarte expôs a sua visão do país e do PSD, a visão de quem pretende trazer novas ideias objectivos para um país que nunca mais troca a tanga vestida por Durão Barroso por um trapinho maior que esconda as vergonhas nacionais.

Quais são os grandes objectivos da JSD no cenário político actual?

Educação, emprego e habitação, são estes os pontos que mais interessam à JSD e, obviamente, aos jovens que são os que nós representamos. No que diz respeito à habitação, Portugal é o país da Europa em que os jovens saem de casa dos pais mais tarde. Isto significa que a JSD tem que estar atenta e trabalhar muito neste campo que envolve directamente os jovens. As dificuldades de arrendamento que o Governo cria também ajudam a que esta estatística se mantenha.


O desemprego jovem é um tema actual, o que sugere a JSD para o resolver?

Nunca houve, em Portugal, tantos jovens desempregados, sejam eles licenciados ou não. E o problema do desemprego implica, depois, problemas ao nível da habitação. Um jovem que não tenha emprego não pode comprar casa.
À JSD interessa que os jovens tenham, efectivamente, condições para desenvolver a sua vida trabalhando em prol do nosso País. O Governo actual apenas trabalha para as estatísticas.



(Audio MFL: RTP)
Mas as críticas internas continuam a existir, admite a possibilidade de novas eleições para a liderança do PSD?
Não vou negar que existem críticas, no entanto, a meu ver quando um líder é eleito o partido deve unir-se e apoiar o líder, o momento das divergências já devia ter ficado para trás. A história do PSD tem sido a história da divergência nos momentos em que deve haver convergência. Há órgãos próprios no partido para que se apresentem as críticas.


E Manuela Ferreira Leite está a ser uma boa opositora?
A
Dra. Manuela Ferreira Leite está a cumprir o que tinha prometido na campanha eleitoral. Para mim, não há surpresas nesta estratégia. Este Governo está, desde há demasiado tempo, a ocultar e a enganar os portugueses, já chega de propaganda, é tempo de mudar.


Veja também:

Mário Soares faz um diagnóstico da situação do país (Público.pt)

Mário Soares alerta para descontentamento (Expresso.pt)

Junta de Freguesia de Macieira da Maia, Vila do Conde...:)