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quinta-feira, 18 de dezembro de 2008
Emigração para Espanha
Sara Barbosa / nrº 15592
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Emigrantes Portugueses em Espanha
No total são cerca de 70 mil (dados de 2006), um número relativamente pequeno se tivermos em conta o número de emigrantes portugueses em países como a Suiça, Grã-Bretanha, França ou mesmo nos Estados Unidos. Uma larga percentagem destes emigrantes residem em Portugal, embora trabalhem em Espanha. A proximidade entre os dois países facilita a emigração temporária. Estamos perante uma emigração constituída por pessoas com um baixíssimo nível de escolaridade, oriundas dos meios mais pobres de Portugal e às quais o Estado Português quase não presta apoio. Os seus recursos limitados não lhes permitem também grandes possibilidades de deslocação; limitam-se a atravessar a fronteira e a arranjarem trabalho num sítio qualquer de Espanha, tentando aproximarem-se o mais possível dos Pirenéus. As regiões mais deprimidas de Trás-os-Montes foram aquelas que maior número de imigrantes fornecera para os trabalhos nas minas de Leon e Astúrias. Ao contrário do que ocorre na maioria dos países onde existem comunidades portuguesas, são raros os casos de sucesso dos emigrantes portugueses em Espanha. A maioria, acabam tão pobres como quando saíram de Portugal. Muitos são explorados por máfias luso-espanholas. Algumas destas máfias dedicam-se igualmente a roubar turistas ou emigrantes portugueses que circulam por Espanha a caminho de outros países europeus, tirando conhecimento da língua. Trata-se de uma emigração ainda muito mal estudada em todas as suas dimensões. Portugal foi quase sempre encarado pela Espanha, como uma reserva de mão-de-obra barata, e para os seus governantes, como o melhor exemplo que podiam apresentar à população que não eram os mais pobres da Europa. Bastava atravessar a fronteira, percorrer as aldeias e cidades de Portugal, para o menos patriota dos espanhóis obter algum consolo e melhorar a sua auto-estima. Trata-se de um argumento ideológico fortíssimo para todas as regiões de Espanha que lutam pela independência. Sara Barbosa / nrº 15592
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"Braço-de-ferro entre Ministra da Educação e Professores...

Rui Sá
Vereador CM Porto (CDU)
“O braço de ferro entre os professores e a Ministra da Educação”
“A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, revelou ao longo deste seu mandato, incompetência nas áreas mais básicas da pasta que tutela e que na realidade desconhece. Qualquer professor com meia dúzia de anos de experiência tem mais conhecimento e consequentemente mais competência nesta área do que Vossa Excelência,” pode-se ler isto, num sítio da internet, onde se encontra uma carta, para entregar à Ministra.
Manifestações, protestos, greves… E tem sido isto, ao longo dos meses, professores e alunos manifestam-se por todo o País, reclamando o modelo de avaliação e de faltas em relação ao estatuo de aluno, que Maria de Lurdes Rodrigues quer aplicar.
Os alunos continuam a dividir-se por demasiadas áreas curriculares disciplinares e não disciplinares. Passam o dia na escola sem que isto se traduza na melhoria das aprendizagens. Não têm tempo para brincar e socializar. O Estatuto do Aluno é mais uma tentativa de mudar o ensino por Decreto-Lei. Tudo se baseia na manipulação de dados estatísticos.
Sara Barbosa.: Eng. Rui Sá, como é que vê todos estes protestos e manifestações dos professores com a Ministra?
Rui Sá: Vejo como havendo uma convergência muito grande da generalidade dos professores relativamente a um sistema que consideram injusto e sistema esse que procura ser implementado depois de todo uma campanha difamatória do profissionalismo e do brio dos professores que fez com que muitos se tenham reformado mais cedo e outros sentissem completamente desprestigiada e ofendida a sua profissão e a sua capacidade profissional.
S.B.: Concorda com a avaliação que a Ministra quer implementar para os professores?
R.S.: Estamos todos de acordo que haja um processo de avaliação, mas este processo de avaliação em concreto é um processo que está inquinado à partida, porque parte de uma divisão de professores entre titulares e não titulares, que não se baseia objectivamente no mérito desses mesmos professores e por outro lado porque é um processo extremamente complexo com parâmetros que objectivamente não deviam ser levados em consideração e que levaram o Ministério a vir sucessivamente a alterar esse modelo de avaliação e a colocar a possibilidade da sua suspensão do próximo ano lectivo.
S.B.: E quanto às manifestações dos estudantes? Considera que estes têm motivos para se manifestar?
R.S.: Têm, tanto têm que depois houve necessidade da parte do Governo a vir fazer uma rectificação relativamente ao estatuto do aluno e em particular ao estatuto das faltas que objectivamente parecia pôr no mesmo saco as faltas justificadas e injustificadas. Isto quando é acrescido, de todo, uma situação que põe em causa as escolas públicas, eu acho, que justifica o facto de todas estas manifestações dos estudantes.
A Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, anunciou a 20 de Novembro, mudanças no sistema de avaliação dos professores.
São três as alterações propostas pela tutela, a saber: avaliadores por área disciplinar; exclusão das notas dos alunos dos parâmetros da avaliação e redução de aulas assistidas por avaliadores.
Entre as medidas de simplificação anunciadas, após reunião extraordinária do Conselho de Ministros, está ainda a redução do número de aulas assistidas de três para duas, que, ainda assim, só se realizarão por solicitação dos docentes, apesar de serem imprescindíveis para a obtenção das classificações máximas.
S.B.: Acha mesmo que a Ministra da Educação vai recuar quanto à avaliação?
R.S.: Eu acho que é patético, uma ministra que andou a dizer que este era o melhor modelo de avaliação, que depois o transformou em intransitado no primeiro ano, que depois veio faze-lo simplificar no segundo ano e que depois veio dizer que podia ser simplificado no próximo ano, e agora coloca a possibilidade de o mesmo ser suspenso, isso demonstra que de facto estamos perante um modelo de avaliação que é incorrecto e que só a teimosia e soberania de uma maioria absoluta de José Sócrates é que faz com que não haja o bom senso de suspender este modelo e de negociar com os professores o melhor modelo para efectivamente a avaliação ser feita.
S.B.: Acha então “patético” este modelo de avaliação?
R.S.: Eu acho patético é o tipo de reacção que a Ministra tem tido e acho que o modelo em si, não é claramente um bom modelo de avaliação.
S.B.: Qual seria então o bom modelo de avaliação?
R.S.: Tem uma complexidade muito grande, e não me peçam a mim para fazer uma proposta de modelo, mas fundamentalmente tem que ser um modelo que gere o consenso daqueles que querem ser também avaliados, que são os professores, de forma a poder ser implementado e que seja um modelo que possa ser experimentado em algumas escolas para depois se poderem retirar conclusões e alargar a todos os estabelecimentos de ensino.
«Os sindicatos de professores debatem segunda-feira com "expectativas moderadas" o Estatuto da Carreira Docente com o Ministério da Educação, numa altura em que o Governo já considerou encerradas as negociações para um modelo avaliação consensual para este ano lectivo. Apesar do desacordo em que acabou o encontro acerca do modelo de avaliação de desempenho dos professores, a Ministra da Educação e os sindicatos decidiram manter a reunião marcada, que irá centrar-se, sobretudo, no Estatuto da Carreira Docente (ECD).
Após o fracasso das negociações sobre a avaliação para este ano lectivo, os sindicatos reforçaram o apelo aos professores para continuarem a lutar, nas escolas, pela suspensão do processo de avaliação, subscrevendo um manifesto que será entregue ao ME no próximo dia 22. A Plataforma mantém também a greve nacional agendada para 19 de Janeiro.», fonte JN.
S.B.: Acha que as manifestações irão ficar por aqui, visto que agora parece haver um pequeno entendimento entre as duas partes?
R.S.: Eu acho que os sindicatos deram uma boa demonstração de bom senso ao suspenderem as greves que estão previstas e agendadas para a próxima semana (de 9 a 12 de Dezembro), no sentido de se tentar sentar novamente à mesa das negociações e tentar a partir daí gerar um consenso que não ponha em causa mais do que já está posto em causa o ano lectivo.
Sara Barbosa - Nr. 15592
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